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03/04/2020
Especialista de saúde da CNEC orienta como agir em caso de suspeita de coronavírus
Você já deve ter visto como os sintomas da Covid-19 são parecidos com os da gripe, do resfriado e, até mesmo, de uma alergia. Diante disso, muitas dúvidas podem surgir. Afinal, como saber se uma pessoa com tosse, espirros frequentes e febre pode estar com esse vírus?
O doutor em patologia médica e coordenador dos cursos de Biomedicina e Farmácia do Centro Universitário Cenecista de Osório, no Rio Grande do Sul, professor Gabriel Corteze, esclarece que somente o exame laboratorial específico, solicitado pelo médico, vai atestar se há ou não a infecção por coronavírus.
Mas como não será possível testar todas as pessoas no mesmo período, o que causaria uma sobrecarga desnecessária no sistema de saúde, o importante é continuar em casa e prestar atenção na evolução dos sintomas, para procurar ajuda médica quando identificar um agravamento.
“Só exames laboratoriais específicos podem dizer se você foi contaminado, mas isso não significa que você deve largar tudo e sair correndo para o hospital. Muito pelo contrário. A recomendação do Ministério da Saúde é que você respeite o isolamento social e se proteja em casa por, no mínimo, 14 dias, se estiver sentindo sintomas leves. Caso perceba complicações maiores, deve se dirigir imediatamente a uma unidade de saúde mais próxima, para que tenha um atendimento necessário”, esclarece Corteze, que também atua há 16 anos na rede pública de saúde.
Entre os sinais de alerta que devem ser monitorados com atenção, estão a elevação ou reaparecimento de febre, falta de ar, dificuldade para respirar, aumento de batimentos cardíacos, dor no peito e cansaço excessivo. “Monitore esses sintomas, principalmente, se você for idoso ou diabético, hipertenso, portador de insuficiência cardíaca ou de doenças respiratórias crônicas”, completa.
O coordenador reforça que o fato de ir ao hospital somente com a devida necessidade, além de resguardar o atendimento aos cidadãos que realmente precisam de assistência médica, também evita que a pessoa seja contaminada ou que contamine terceiros com a Covid-19 ou outros vírus.
Corteze lembra ainda que a pandemia será passageira, mas que o enfrentamento adequado e seguro deve contar com a participação de todos e que o melhor remédio para essa crise é a prevenção. “Faça a sua parte. Lave as mãos frequentemente com água e sabão, utilize álcool em gel 70%, evite tocar olhos, boca e nariz, cubra boca e nariz ao tossir ou espirrar e fique em casa. Saia somente em caso de extrema urgência, evite aglomerações. Não compartilhe objetos pessoais, limpe e desinfete objetos e superfícies tocados com frequência e siga as demais orientações das autoridades de saúde, órgãos oficiais e dos profissionais de saúde. Tenhamos responsabilidade e amor por nós mesmos e pelos próximos. É melhor deixar de ver alguém que amamos agora do que para a sempre”, pontua.
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